José Alberte
Corral Iglesias

Nasci em Monte Alto (A Corunha) fai umha porrada de anos (26 de fevereiro 1946), ainda que hoje viva frente por frente em outro bairro, Santo Roque, e sempre com o mar da Torre e do Orçam nos meus olhos, como bem dizia um amigo meu, "O nosso mar".

Quando neno em Monte Alto; nos meus sonhos Monte Outo, porque aquele bairro cheio de luz e aberto, hoje nom existe; tínhamos todo o monte para jogar o lutar, tanto servia-nos para o futebol como para fazer umha guerra com croios. No cruze de ruas onde me criei (Santo Tomé e Colom) estava a terra, e valia-nos para jogar: ao ché, a bilharda, as bolas. e também como nom, ao futebol. As mulheres mentres euidavam dos filhos mais pequenos calcetavam á racheira do sol, as casas tinham como muito um andar; hoje com o mesmo largo ou ancho de rua os edificios ternhem entre seis e sete andares, convertendo as ruas em calejas muitas vezes sombrias e húmidas.

Entre o esforco e a pressom dos meus pais sai de aprendiz de randa e fum fazendo os meus primeiros estudos. Logo colhim o rego e também findei Professorado Mercantil e Licenciatura em Ciéncias Económicas. Como a minha vida foi em certa medida um pécio no meio dos oceanos, ainda cursei jornalismo na U.C.V. de Caracas-Venezuela.

Depois de trabalhar em distintos quefazeres, na actualidade exerço como Professor de Ensino Secundário. Mas sempre serei um neno do bairro de Monte Alto.

Tenhem-me publicado:

Del amor y la memoria, poesia em castelám (1ª ed.: Ateneo de los Teques-Venezuela; 2ª ed.: Emboscall-Vic). Além disso, colaborei com diversos ensaios em distintas revistas de pensamento político em Venezuela.

Quando tornei, guardei-me de novo na minha Língua de origem na que já tinha escrevido no franquismo: panfletos, artigos políticos em revistas clandestinas, e algum que outro poema. No retomo, em galego publicárom-me:

Palavra e Memória, poesía (AGAL, Galiza), Acarom da Brétema, poesía (AGAL, Galiza), Do lusco-fusco, relatos (Baía Edicións, Galiza), Detrás da palavra, poesia (AGAL, Galiza), Buracos no espelho, relatos (AGAL, Galiza).

[Maio, 2007]